28 Days Later

Music by John Murphy

 

 

 

 

 

Dos talentos recentemente surgidos no mercado de trilhas sonoras, John Murphy é um dos mais promissores. Suas trilhas têm a capacidade de se destacar em meio à sonoplastia, sound design, diálogos e (neste caso específico) gritaria e corre-corre.

Mais um mérito: sua a música é memorável depois do filme terminado! Não são muitos compositores do cinema contemporâneo que têm conseguido isso. Considernado que suas outras trilhas como as de Snatch (Porcos e Diamantes, 2000), por exemplo, não tiveram muita chance de exposição entre tantos temas pops inseridos na narrativa, ou Sunshine (Alerta Solar, 2007) não se diferenciasse muito da sonosplastia e efeitos de som, seu trabalho para 28 Days Later (Extermínio, 2002), pode ser apontado como seu melhor momento até agora. A música de 28 Days Later tem grandes momentos atmosféricos como The Search For Jim, Red Dresses e a influência rock em Rage, que destacam o compositor como um dos mais interessantes da atualidade. Mesmo que a trilha pareça um conjunto fragmentado, uma grande colagem sonora de vozes, ruídos e de gêneros musicais, as composições originais de Murphy se destacam naturalmente. Principalmente, In the House, uma construção sonora crescente que praticamente se tornou um clássico contemporâneo no gênero. Um modelo “aproveitado” em diversas outras produções e trailers. A trilha inclui a Ave Maria de Gounod, trechos clássicos como o coral In Paradisum de Gabriel Faurè, e até peças de outras trilhas sonoras como a faixa An Ending, de Brian Eno, da trilha do documentário Apollo (1983). Mesmo que a trilha acabe soando fragmentada e dispersiva, é característica das trilhas atuais integrarem diversidade e revisionismo.