Francis Lai
[1932 - ] Compositor e pianista francês criador de grandes temas melódicos em um momento em que o cinema muito se beneficiou de temas de apelo popular para a consolidação do sucesso de um filme junto ao publico.
Francis Lai conseguiu sucesso logo em sua primeira encomenda para o cinema: Un Homme et Une Femme (Um Homem e Uma Mulher, 1965), cujo tema principal – e seu célebre da-ba-da-ba-da – foi um dos mais ouvidos, parodiados e regravados dos anos 60. Melodista de primeira grandeza, Lai, em início de carreira, acompanhou e compôs para Edith Piaf. O cantor Pierre Barough foi quem o apresentou ao diretor de cinema Claude Lelouch e o sucesso de Un Homme et Une Femme estabeleceu uma das mais prolíficas parcerias do cinema: são mais de 30 filmes em 40 anos de carreira conjunta. Com o sucesso internacional do tema de Um Homem e Uma Mulher, Lai passou a ser um dos compositores mais requisitados no momento (anos 60) em que o conceito de sonorizar um filme abandonava a tradição sinfônica e se orientava por peças curtas e de forte atrativo melódico. Nessa orientação, Lai é responsável por uma invejável quantidade de trilhas clássicas que marcaram seu período: Vivre Pour Vivre (Viver Por Viver, 1967), Le Passageur de La Pluie (O Passageiro da Chuva, 1968), Un Homme Qui Me Plait (O Homem Que Eu Amo, 1969), 13 Jour en France (1969), Love Story (1970), L’Aventure C’est L’Aventure (A Aventura é Uma Aventura, 1972), Emanuelle 2 (Emanuelle 2, 1975), Le Corps De Mon Enemi (Ânsia de Vingança, 1976). Seu maior momento, no entanto, foi Bilitis (1976), trabalho que superou a marca dos seis milhões de discos vendidos de Love Story.
Lai continuou na ativa com trabalhos constantes como Canicule (A Lei do Cão, 1983), Atention Bandits (1986), Dark Eyes (Olhos Negros, 1987), Le Cless Du Paradis (1992), e na perceria com Lelouch em Un Homme et Une Femme 20 ans Deja (Um Homem e Uma Mulher 20 Anos Depois, 1986), La Belle Histoire (1992), Les Miserables (Os Miseráveis, 1995), Hasards ou Coincidences (1998), Une Pour Toutes (1999) e Le Genre Humain (2004) entre outros. Foi também um dos pioneiros no uso de instrumentos eletrônicos, e sempre orientando seu uso à construção de peças no formato de canções.
A meu ver, Francis Lai é um aristocrata da melodia.
Henri Verneuil
Francis Lai é um talento instintivo e um melodista do tipo que se encontra raramente. Ele tem idéias melódicas que ninguém jamais teve ou terá.
Michel Legrand
Nestes quarenta anos ele foi mais do que um amigo, foi um cumplice, um parceiro de criação. Francis é meu outro eu, mas com notas musicais...
Claude Lelouch