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I, the Jury

Music by Bill Conti

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Baseado em livro de Mickey Spillane, I the Jury (Eu Sou a Lei, 1982) foi uma produção B mais consistente do que a média. Mas na tentativa de fazer um neo-noir nem tudo saiu como deveria (Armand Assante como Mike Hammer?!?) e o resultado fica a meio caminho entre a estética clássica e a explicitação contemporânea.

Sua trilha sonora não sofreu tanto apesar de localizar-se em um beco sem saída conceitual entre a tradição jazzística e imperativos de época duvidosos como suas guitarras disco music. A tentativa foi a de superação de um modelo musical da década de 70. Nesse intervalo estético para o gênero policial – antes das trilhas techno-sinfônicas de Michael Kamen e Hans Zimmer redefinirem o gênero – a escolha de Conti foi referenciar o jazz velha guarda como elemento básico de acompanhamento ao filme. Mas Conti também atira em outras direções como no dinamismo pop-jazzístico do tema principal (Main Title), passagens modernistas (o piano de Closet Cache, por exemplo), a orientação pop de Mike´s Early Exit, os sintetizadores em Two Guard Takedown e até referencia os stingers de surpresa que obviamente remetem às trilhas dos policiais dos anos 40. O resultado de tanta citação e referência é um trabalho rico, fluente e bastante divertido, mas com a sensação de que nem tudo está em seu devido lugar. A transposição do piano clássico para o pop-jazz de Chopin Noturne é bem interessante, e a trilha acaba se saindo melhor na tradição jazzística como em Velda´s Vamp, no som big band em algumas passagens (Michael Cab Ride, Concrete Chase Conclusion) e no romantismo blue de Pat´s PatsyEnfim, I the Jury, filme e trilha, tem a seu favor o fato de ser uma curiosidade cujo charme desajeitado está a seu favor mais o que a qualidade cinematográfica. Em outras palavras: é um filme B.

I the Jury - sound clips
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I, the Jury   1982

Bill Conti

61 min.

LaLaLand Records

10

Dinamismo

Neo-jazz

em

“Essa trilha passa por tantos lugares musicais. Tem passagens intensas e dinâmicas para piano, momentos líricos em jazz, um pouco de Chopin. O que mais um pianista esquizofrênico como eu poderia querer para as gravações?”  

 Mike Lang, tecladista

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