Max Steiner
[1888 – 1971] O nome mais importante para a música de cinema em seus anos de formação. Mesmo que já se praticasse a criação de trilhas originais desde os anos 20 – então executadas ao vivo antes do registro magnético nas películas – foi com o trabalho de Max Steiner, principalmente para o filme King Kong em 1933, que se delineou a linguagem adequada ao acompanhamento da ação, fosse acentuando o que se via na tela ou sugerindo algo que não era explicitamente mostrado.
Nascido na Áustria, em uma família de músicos, Maximilian Raoul Steiner foi naturalmente orientado à música desde a infância. Teve aulas com Gustav Mahler e tornou-se um compositor e regente de peças para vaudeville, salas de concerto e operetas. Com o início da Primeira Guerra Mundial, mudou-se para os Estados Unidos onde passou a trabalhar em shows musicais de grandes nomes como George Gershwin e Jerome Kern. Em 1929 mudou-se para Hollywood onde deveria trabalhar como orquestrador, mas seu talento o destacou naturalmente como compositor. A música para Symphony of Six Millions (1932) seria um exercício para o que desenvolveria com maior intensidade em King Kong. Não bastasse esse fato histórico em sua carreira ele ainda comporia a trilha de Gone With the Wind (E o Vento Levou, 1939) talvez a trilha mais famosa, mais regravada e mais vendida da história do cinema. Steiner criou mais de 200 trilhas sonoras até que se retirou do trabalho por motivos de saúde em 1965. Algumas de suas composições são inquestionáveis clássicos registros de época em aventuras , dramas e policiais noir, como The Charge of Light Brigade (A Carga da Brigada Ligeira, 1936), Jezebel (Jezebel, 1939), Casablanca (Casablanca, 1940), Sargeant York (Sargento York, 1941), The Big Sleep (À Beira do Abismo , 1946), The Treasure of Sierra Madre (O Tesouro de Sierra Madre, 1948), The Searchers (Rastros de Ódio, 1956), A Summer Place (Amores Clandestinos, 1959), com um dos temas românticos mais famosos da história, e Rome Adventure (Candelabro Italiano, 1962).




