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Vampires

Music by John Carpenter

 

 

 

 

 

 

Em sua já notória carreira marcada por altos e baixos criativos, o diretor John Carpenter fez seu nome como um obstinado artesão de clichês. Mas no seu caso o termo “clichê” é compreensível como uma virtude. 

 

Ele talvez seja o último diretor em busca do que o cinema B teve de essencial: diversão pura e simples. Carpenter nunca pretendeu “se tornar adulto” como Spielberg, é um eterno garoto fascinado pelo espetáculo do cinema, saudoso de matinês, sessões duplas, mocinhos e bandidos. Vampires (2000) é um dos seus filmes mais divertidos por sua mistura de elementos clássicos do horror e referências aos faroestes. A despretensão geral naturalmente teve um divertido correspondente na trilha sonora que contou com a notável participação de Steve Crooper (guitarra) e Donald Dunn (baixo), ex-integrantes do antológico grupo instrumental Booker T. and the MGs, além do próprio Carpenter na guitarra! Com sua estética de road movie, a trilha integra elementos de blues e hard rock tanto nos instrumentais climáticos (como Slayers) quanto nos de ação (como Motel Sex e Valek Attacks), perfeitos em seu assumido clichê genérico. O rythm´n´blues de Stake and Burn é o tipo de faixa que caberia em qualquer outro filme de estrada, ou cena de bar, ou de ação. Da mesma forma, Santiago faz menção às trilhas de faroeste com seu “clima mariachi” (em violão). Enfim, Vampires é um grande exemplo de como uma trilha sonora pode ser concebida com foco na funcionalidade mais do que no exibicionismo técnico. Característica que vale para toda a obra do diretor seja cinematográfica ou musical.

Vampires - sound clip
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Vampires   1998

John Carpenter

46 min.

Milan Records

10

Trilha B

Boteco de

estrada

em

“Vampires na verdade é um faroeste. James Woods o chamou de Era Uma Vez em Vampireland” - John Carpenter

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