Nino Rota

 

[1911 – 1979] Nome emblemático da música no cinema italiano. Sua lendária parceria com o diretor Federico Felini foi marcante para toda uma geração de fãs de cinema e para a indústria cinematográfica europeia em seu fortalecimento nas décadas de 40 e 50.

 

Nino Rota nasceu em uma família de instrumentistas e estudou música desde a infância revelando um talento precoce para a composição. Completou os estudos no Conservatório de Milão e na famosa Academia de Santa Cecília, casa responsável pela formação de diversos talentos da música no cinema italiano. De atividade variada, Rota compôs óperas, balés, música de câmara. Iniciou trabalhos para cinema em meados dos anos 40, com a natural revitalização do mercado no período do pós-guerra. Alguns trabalhos desse período tiverem considerável reconhecimento como a trilha de The Glass Mountain, filme inglês de 1949, que se tornou peça de concerto regravada por diversas orquestras. Rota compôs para o cinema neo-realista em filmes como Vivere in Pace (Viver em Paz, 1946) e Anni Difficile (1948) de Luigi Zampa e Sotto Il Sole di Roma (Sob o Sol de Roma, 1948) de Renato Castellari. Mas a associação mais imediata a seu nome será sempre feita com cinema onírico de Federico Fellini. A célebre parceria teve início em Lo Sceicco Bianco (Abismo de Um Sonho, 1952) e seguiu até 1979 com Prova d’Orchestra (Ensaio de Orquestra). Para Fellini, Rota compôs suas mais memoráveis trilhas, entre elas: La Strada (A Estrada da Vida, 1954), La Dolce Vita (A Doce Vida, 1959), Otto e Mezzo (Oito e Meio, 1963), Giulietta Degli Espiriti (Julieta dos Espíritos, 1965), Satyricon (Satyricon, 1969), Amarcord (Amarcord, 1973) e Casanova (Casanova, 1976). Rota deixou também outros clássicos da música de cinema como War and Peace (Guerra e Paz, 1956) de King Vidor, Romeo and Julieta (1968) de Franco Zefirelli, Rocco e Suoi Fratelli (Rocco e Seus Irmãos, 1960) e Il Leopardo (O Leopardo, 1963) de Luchino Visconti e The Godfather (O Poderoso Chefão, 1972) de Francis Ford Coppola.