top of page
Psycho

Music by Bernard Herrmann

 

 

 

 

 

Intencionalmente irritante na criação de tensão nervosa a apreensão, a trilha de Psycho é uma das obras mais famosas de Bernard Herrmann. A cena do assassinato no chuveiro e as “punhaladas” sonoras dos violinos (o stinger mais famoso da história) são parte inseparável do folclore cinematográfico.

A premissa do compositor era que a trilha deveria corresponder musicalmente à fotografia em preto e branco do filme e assim a compôs para orquestra de cordas. A limitação de meios, no entanto, não significou limitação criativa e entre inúmeros efeitos musicias timbrísticos e rítmicos, a trilha acrescenta à clássica cena do chuveiro – originalmente planejada sem música por Hitchcock e sonorizada por insistência de Herrmann – outros motivos que também se tornaram clichê de suspense como os subterrâneos motivos em The Madhouse (que o compositor reutilizaria em Taxi Driver). Com a repetição timbrística da orquestra de cordas a música é intencionalmente irritante, repetitiva, limitada de meios sonoros. Um exercício em claustrofobia. Os motivos circulares cercam Marion (Janet Leigh) em sua fuga pelas estradas (Flight, The Rainstorm). Na conversa com Norman (Anthony Perkins) as cordas se movem sorrateiramente e a trilha somente apresenta novo material musical quando Lyla (Vera Miles) investiga os cômodos da velha casa e o quarto da Sra. Bates (The Bedroom). Com o constante efeito de respiração em suspense e trechos que parecem realmente saídos dos mais sombrios porões, Psicose representou o auge criativo do compositor tanto por sua eficiência quanto por seu poder de síntese. É também uma experiência auditiva única seja como trilha sonora ou como obra musical. A edição do selo Unicorn traz a gravação original integral (58 minutos) e a trilha também está disponível em nova gravação lançada pelo selo Varese Sarabande.

Psycho - sound stabs
00:0000:00

Psycho   1960

Bernard Herrmann

58 min.

Unicorn Kanchana

10

O lado negro

das cordas

em

bottom of page