top of page
Halloween
The Fog

Music by John Carpenter

 

 

 

 

 

Minimalismo ou cara-de-pau? Minimalismo E cara-de-pau? Composta praticamente de um único tema, Halloween foi um dos maiores sucessos do cinema independente americano e seu tema musical é hoje um dos mais famosos do cinema.

Nada mau para um projeto assumidamente B no qual o diretor também foi roteirista, montador e compositor. Essencialmente eletrônica, a trilha basicamente se compõe do tema principal e sua estrutura harmônica que em variações ou repetições (muitas repetições) sustenta a expectativa e concentração ao assunto da narrativa. Uma proposta ótima à claustrofobia progressiva do filme. Partindo de um exercício de bongô, que Carpenter havia aprendido em seus tempos de estudante de música, ele desenvolveu o hipnótico motivo principal. As frases curtas e repetitivas se tornaram um hábito em trilhas de suspense desde que Bernard Herrmann criou o tema de Vertigo, mas o mérito de Carpenter foi o de ter definido o símbolo maior para o gênero. A influência de Herrmann é perceptível – e mencionada pelo próprio Carpenter – nos contrapontos entre passagens altas e baixas, como em Laurie’s Theme. O uso de stingers (sustos sonoros para provocar a atenção da platéia) também é constante na trilha. Mas Halloween tem muito a seu favor: é um grande filme de suspense, inventivo e despretensioso como não se viu posteriormente. Assumido em sua proposta independente. Um clássico em minimalismo, cara-de-pau e talento.

E Carpenter repetiria o feito em The Fog (Bruma Assassina), outro eficiente exercício em horror climático em um período em que as explicitações do cinema splatter se fortaleciam. Na mesma economia “minimalista” de Haloween a música para The Fog empregou linhas de piano como condutoras melódicas para o suspense. O próprio tema principal é uma variação ao de Halloween, com seus motivos circulares de piano e variações de escala. Com piano e eletrônica para sintonizar a “temperatura fria” da trilha, o conjunto surpreende em seu poder de envolvimento. Carpenter trabalhou sua limitação na direção da funcionalidade em um resultado poderosamente climático como se ouve no mistério de The Fog Rolls In ou nos ostinatos subterrâneos de The Fog e Antonio Bay. O resultado é música subliminar. Quase uma ambient music de suspense. Como bônus a edição expandida do selo Silva Screen traz faixas inéditas e uma entrevista para o rádio com a atriz Jamie Lee Curtis.

Halloween - clips
00:0000:00

Halloween   1977

John Carpenter

31 min.

Varese Sarabande

10

Minimalismo pop

em

The Fog - clips
00:0000:00

The Fog   1980

John Carpenter

56 min.

Silva Screen

bottom of page