Jerry Goldsmith
[1929 - 2004] Verdadeira lenda da música para filmes, o americano Jerry Goldsmith foi um dos poucos compositores que ostentou longevidade criativa mesmo atravessando os vícios e modismos da indústria cinematográfica americana. A quantidade, variedade e freqüente qualidade de suas composições o destacaram como um dos mais respeitados e apreciados compositores do meio cinematografico em todos os tempos.
Iniciou estudos de piano logo na infância. Posteriormente estudou composição com Mario Castelnuovo-Tedesco, e piano com Jacob Gimpel (que chegou a gravar trechos de piano na trilha de Planeta dos Macacos). Na Universidade da Califórnia teve também aulas de composição para filmes com Miklos Rozsa. Goldsmith iniciou carreira compondo para rádio e TV onde se tornou conhecido com o bom trabalho apresentado em séries como Gunsmoke, Twilight Zone (Além da Imaginação) e Thriller. A música para o faroeste Black Patch de 1957 foi sua primeira composição para um longa-metragem. A ela seguiu-se uma admirável seqüência com grandes filmes e grandes trilhas: Freud (Freud, Além da Alma, 1962), The Blue Max (Crepúsculo das Águias, 1966), The Sand Peebles (O Canhoneiro do Yang Tsé, 1967), Planet of the Apes (Planeta dos Macacos, 1968), Patton (Patton, Rebelde ou Herói? 1970), Mephisto Waltz (Balada Para Satã, 1971), Papillon (1973), Chinatown (1974), The Wind and the Lion (O Vento e o Leão, 1975), Logan´s Run (Fuga do Século 23, 1976), Island on the Stream (A Ilha do Adeus, 1978) e The Omen (A Profecia, 1976) trabalho que lhe rendeu seu único Oscar.
Sempre disposto a inovações e sem medo de incorporar o que fosse preciso para a maior eficiência de um trabalho, Goldsmith redefiniu muito da linguagem das trilhas sonoras durante sua carreira. Alguns trabalhos para filmes de suspense como The Boys From Brazil (Os Meninos do Brazil, 1977), Coma (1977), Alien (Alien o Oitavo Passageiro, 1979) e Cassandra Crossing (Travessia de Cassandra, 1978) são memoráveis em sua eficiência e tensão. Com Poltergeist (Poltergeist, o Fenômeno, 1981) e First Blood (Rambo, Programado Para Matar, 1982) possivelmente encerrou um longo ciclo evolutivo passando então a adaptar sua escrita ao estilo mais frenético das aventuras do cinema americano moderno. Ainda assim criaria grandes trabalhos como Basic Instinct (Instinto Selvagem, 1992) e The 13º Warrior (O 13º Guerreiro, 1999) e daria continuidade à sua inigualável e reconhecida eficiência em filmes de ação como Air Force One (Força Aérea Um, 1997) U.S. Marshals (Os Federais, 1998) e The Mummy (A Múmia, 1999).